The Boys

The Boys: principais diferenças entre a série e a HQ

Mudanças na trama conferem título de boa adaptação

Com a recente conclusão da sua terceira temporada, The Boys, série queridinha da Amazon Prime, conquistou ainda mais fãs e mostrou ser uma adaptação de execução primorosa. 

O debate quanto a fidelidade e qualidade de uma adaptação é muito proeminente na comunidade nerd, então, para quem não leu o material de origem, mas gostaria de saber mais sobre o assunto, vale a pena conferir quais são as principais diferenças entre a série e as HQs.

O material de origem de The Boys

A série The Boys foi originalmente publicada no ano de 2006, pela DC Comics, na linha editorial Wildstorm. O roteirista, Garth Ennis, já era conhecido por histórias como Preacher e Hellblazer, a última sendo a HQ de origem do querido mago inglês John Constantine. Seu arco de Hellblazer foi, inclusive, adaptado para as telonas, dando origem ao filme Constantine (2005), protagonizado por Keanu Reeves.

Mas, diferentemente do filme Constantine, que muito difere do material de origem, The Boys mantém uma certa consistência e fidelidade. A série tem pelo menos 5 aspectos que são adaptados de tal maneira que melhoram a narrativa ou diferem sem perder a essência original.

Premissa idêntica, com maiores detalhes

A premissa permanece a mesma, e isso é importante. Buscando vingança após a morte de sua esposa, Billy Butcher recruta Hughie e depois os demais personagens também se juntam para formar o grupo combatente de supers. 

O desenvolvimento é diferente, e alguns aspectos são acelerados, mas a essência é a mesma, o que cria uma transição agradável para o leitor das HQs que se torna espectador da série. Facilitar essa reunião deu potência e celeridade aos primeiros episódios, o que é muito importante para o engajamento e a perpetuação da série.

Personagens mais profundos

Os personagens tiveram algumas mudanças importantes. Kimiko, no entanto, teve a maior das mudanças, sendo sua origem quase inteiramente diferente da original. Na publicação, ela era apenas um bebê quando comeu o Composto V por acidente, se tornando efetivamente a membro mais poderosa dos garotos, depois de Frenchie.

Esse tipo de mudança serve para transformar os personagens de The Boys em melhores veículos para a história, que, na maior parte dos exemplos de séries de sucesso, deve se desenvolver explorando múltiplos arcos e temas.

Outros exemplos desse tipo de estratégia, que visa melhorar a complexidade da narrativa para o audiovisual, podem ser encontrados em Billy e sua relação com o Capitão Pátria, ou a adição de novos personagens ou mudanças drásticas, como no caso de Tempesta, que era originalmente um homem.

Ritmo da narrativa

E para além da profundidade, a série ainda faz mudanças como no uso do Composto V. Capaz de dar aos personagens que nasceram sem poderes as habilidades necessárias para bater de frente com os Sete, o Composto teve um papel importante na série até então, mas foi usado de maneira mais inteligente, sendo lentamente introduzido e movimentando a narrativa. Nas HQs, por sua vez, ele é usado muito mais deliberadamente.

A série ainda faz mudanças em pontos cruciais, como, por exemplo, na morte de Becca, esposa de Billy. A mudança é essencial no trabalho de apagamento de tropos de TV ultrapassados.

The Boys está disponível para todos os assinantes do Amazon Prime com acesso ao Prime Vídeo. A série pode ser assistida nas telas de PC e notebook, em smart TV ou até mesmo em um iPhone 11, ou em qualquer outro celular com acesso ao app da Amazon Prime.

A terceira temporada está em destaque nos assuntos de múltiplas redes sociais, e vale a pena conferir tudo sobre esse mundo, que retrata os super-heróis de maneira tão distinta do tão proeminente MCU.